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Climatério: saiba tudo sobre o assunto

10 de janeiro de 2024

11h 41min

O climatério, embora seja uma fase natural na vida de uma mulher, muitas vezes vem acompanhado de inseguranças e dúvidas. É um período de transição que merece ser entendido e enfrentado com leveza.

Adentrar no climatério é como abrir um novo capítulo em um livro já familiar, mas com páginas surpreendentes. É o início de uma jornada que, embora faça parte do ciclo biológico, muitas vezes se apresenta como um desafio. Dúvidas, inseguranças e até um certo receio são sentimentos comuns, mas é importante compreender que este é um processo repleto de particularidades.

Neste artigo, mergulharemos no universo do climatério, explorando os principais tópicos sobre o assunto.

O que é climatério?

O climatério é uma fase natural na vida da mulher, que marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. A partir dos 40 anos, a mulher pode começar a sentir os sintomas, resultado da diminuição progressiva da produção dos hormônios femininos, especialmente o estrogênio. Ao longo dos anos, a mulher passa, então, a experimentar uma série de alterações físicas e emocionais. Por isso, é importante compreender essa fase para enfrentá-la com confiança.1,2

Quais os sintomas do climatério?

Muitas mulheres experimentam uma variedade de sintomas que podem afetar tanto o corpo quanto o bem-estar emocional. É essencial reconhecer essas manifestações para buscar o suporte necessário. Os principais sintomas do climatério são:1-3

Ondas de calor (fogachos): súbitas e intensas sensações de calor, muitas vezes acompanhados de sudorese e vermelhidão na pele.1-3

Alterações de humor: flutuações emocionais que podem incluir irritação, ansiedade e tristeza.1-3

Dificuldades para dormir: insônia ou dificuldade em manter um sono ininterrupto, muitas vezes relacionadas a ondas de calor noturnas.1-3

Dificuldades para dormir: insônia ou dificuldade em manter um sono ininterrupto, muitas vezes relacionadas a ondas de calor noturnas.1-3

Irregularidades menstruais: variações no ciclo menstrual, podendo se tornar mais curto, mais longo ou mais imprevisível.1-3

Secura vaginal: redução da lubrificação vaginal, podendo causar desconforto durante a atividade sexual.1-3

Mudanças na textura da pele e cabelos: alterações na elasticidade da pele e textura dos cabelos, devido à diminuição dos níveis de colágeno.1-3

Perda de massa óssea: a diminuição dos hormônios pode contribuir para a perda de densidade mineral óssea, aumentando o risco de osteoporose.1-3

Aumento da frequência urinária: pode ocorrer devido às alterações no tecido vaginal e na bexiga.1-3

Vale lembrar que a intensidade e a duração desses sintomas podem variar de mulher para mulher. Embora os sintomas possam parecer desafiadores, cada um deles é um sinal de que seu corpo está passando por uma transformação notável. Estar ciente dessas possíveis manifestações ajudará a lidar com o período.1-3

Quais as fases do climatério?

O climatério é dividido em três fases distintas: a pré-menopausa, a menopausa e a pós-menopausa. Cada fase apresenta características e sintomas específicos, e compreender essas nuances pode ajudar a enfrentar essa transição de forma mais informada e tranquila.2,3

Pré-menopausa: esta fase marca o início das alterações hormonais e pode durar vários anos. Os sintomas podem ser variados e incluem irregularidades menstruais e sintomas como ondas de calor.2,3

Menopausa: a menopausa é o nome da última menstruação, oficialmente declarada quando uma mulher passa 12 meses consecutivos sem menstruar. Este é o ponto de transição para a fase não reprodutiva. Um estudo recente, feito com uma amostra da população de mulheres brasileiras, mostrou que a menopausa acontece, em média, aos 48 anos.4-6

Pós-menopausa: após a menopausa, os sintomas tendem a se estabilizar, mas é importante continuar com os cuidados de saúde para garantir o bem-estar geral.5,7

Quando procurar ajuda?

Durante o climatério, contar com o suporte de profissionais de saúde é fundamental para uma transição tranquila e saudável. Ginecologistas ou endocrinologistas podem oferecer orientações valiosas e esclarecer dúvidas. Além disso, é importante discutir opções de tratamento, caso os sintomas estejam impactando significativamente a qualidade de vida.1 

Existem diversas abordagens que podem ser consideradas, tais como:

Terapia Hormonal da Menopausa (TH): esta é a principal linha e envolve o tratamento com os hormônios que diminuem durante o climatério. Pode ajudar a aliviar sintomas, como ondas de calor, alterações de humor e secura vaginal.1

Mudanças no estilo de vida: adotar uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e técnicas de relaxamento, como ioga ou meditação, podem oferecer suporte na redução dos sintomas.1

Acompanhamento psicológico: em alguns casos, um psicólogo pode ser uma fonte valiosa de apoio emocional durante esta fase de transição.1

Lembrando que a escolha do tratamento deve ser individualizada e discutida em detalhes com o profissional de saúde, considerando a saúde geral da paciente e suas preferências pessoais.1

Ao procurar ajuda profissional e considerar as opções disponíveis, as mulheres podem encontrar o caminho para enfrentar o climatério positivamente e com uma perspectiva otimista para o futuro. Afinal, nada para uma mulher segura.

Revisor Científico: Dr. Luiz Steffen – CRM: 10922-PR.

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
    Estratégicas. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008. Disponível em:
    <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf>. Acesso em: 10
    jan. 2024.
  2. BRASIL. SOGESP. Climatério ou menopausa. Saúde e bem-estar. Associação de Obstetrícia e
    Ginecologia do Estado de São Paulo. Disponível em:
    <https://www.sogesp.com.br/saude-mulher/blog-da-mulher/climaterio-ou-menopausa/>. Acesso em: 10
    jan. 2024.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Municipal de Saúde de Recife. Climatério. 2009.
    Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em:
    <https://bvsms.saude.gov.br/climaterio/#:~:text=O%20climat%C3%A9rio%20tem%20in%C3%ADcio%20por,estende%20at%C3%A9%20os%2065%20anos>. Acesso em: 10 jan. 2024.
  4. Mayo Clinic. Menopause. Disponível em:
    <https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/menopause/symptoms-causes/syc-20353397>. Acesso em: 10 jan. 2024.
  5. Utian WH. Ovarian function, therapy-oriented definition of menopause and climacteric. Exp
    Gerontol. 1994;29(3-4):245-51.
  6. North American Menopause Society. Menopause 101: A Primer for the Perimenopausal. Disponível em:
    <https://www.menopause.org/for-women/menopauseflashes/menopause-symptoms-and-treatments/menopause-101-a-primer-for-the-perimenopausal>. Acesso em: 10 jan. 2024.
  7. Pompei LM, Bonassi-Machado R, Steiner ML, Pompei IM, de Melo NR, Nappi RE, Fernandes CE. Profile
    of Brazilian climacteric women: results from the Brazilian Menopause Study. Climacteric. 2022
    Oct;25(5):523-529.

3000323 - Nov/2023

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