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Os sintomas do climatério são iguais para todas as mulheres?

10 de janeiro de 2024

13h 25min

O climatério representa um período de intensas transformações físicas e emocionais na vida de uma mulher. No entanto, é fundamental compreender que, apesar de todas as mulheres passarem por esse processo, cada organismo apresenta sinais específicos. A mulher traz consigo uma bagagem genética, hormonal e experiencial que exerce uma influência direta sobre os sintomas que podem surgir.1

Durante essa etapa, a mulher se encontra diante de um complexo cenário de transição hormonal. Algumas enfrentam flutuações mais acentuadas, enquanto outras experimentam uma relativa estabilidade. A genética também desempenha um papel crucial, determinando, na maioria, como o corpo da mulher reage às mudanças hormonais.1

Assim, os sintomas do climatério são moldados por uma variedade de fatores biológicos, que vão desde a redução dos níveis de estrogênio, até os efeitos do envelhecimento. Além disso, os aspectos psicológicos podem influenciar na percepção e enfrentamento desse momento na vida da mulher.1

Somado a isso, os fatores sociais também exercem uma influência marcante. A interação da mulher com seus familiares, amigos e comunidade contribuem para o enfrentamento do climatério. Esse aspecto está intrinsecamente ligado aos elementos socioculturais, englobando mitos, crenças e preconceitos que a sociedade concebe, dissemina e vivencia em diferentes períodos.1

Quais os sintomas físicos e emocionais do climatério?

A complexidade do climatério se revela na variedade de sintomas. Enquanto algumas enfrentam oscilações de humor mais pronunciadas, outras lidam com dores de cabeça persistentes, insônia, queda de cabelo e alterações de peso. Essa diversidade de sintomas é uma manifestação da singularidade de cada organismo.2,3

Por exemplo, algumas mulheres podem vivenciar uma intensidade maior nos fogachos (ondas de calor), tornando os sintomas físicos um aspecto proeminente do seu processo de transição. Já outras podem experimentar sintomas emocionais, como alterações no humor e depressão. É importante ressaltar que a experiência do climatério é tão única quanto a mulher que a vive, e é essa singularidade que torna essencial um tratamento individualizado.2,3

A importância do acompanhamento médico durante o climatério

Ao enfrentar o climatério, é importante que cada mulher compreenda a relevância de buscar assistência médica. Isso vai além do alívio dos sintomas, é sobre proporcionar uma transição suave e saudável para esta nova fase da vida.1

Imagine, por exemplo, que o acompanhamento médico pode fornecer uma orientação personalizada, considerando não apenas os sintomas, mas também o histórico de saúde da mulher e estilo de vida. Exames específicos podem ser solicitados para avaliar os níveis hormonais e identificar possíveis deficiências nutricionais. Essas informações são cruciais para determinar o tratamento mais adequado para cada caso.1,3

Além disso, o profissional de saúde pode ser um guia valioso, esclarecendo dúvidas, oferecendo estratégias para lidar com os sintomas e promovendo um plano de cuidados que otimize a qualidade de vida durante o climatério.1,3

Caso esteja passando pelo climatério, lembre-se, você não está sozinha nessa jornada e buscar o apoio de um profissional de saúde é um passo crucial na direção do seu bem-estar.1

Celebrando a diversidade da experiência feminina

O climatério é uma jornada que nos lembra da riqueza e complexidade da experiência feminina. Cada mulher traz consigo uma narrativa única, e é justamente essa diversidade que enriquece nossa compreensão sobre o processo. Ao reconhecer e respeitar as singularidades de cada organismo, e ao buscar o apoio profissional necessário, enfrentamos essa fase com confiança e bem-estar, celebrando a força e a resiliência que acompanham toda mulher nessa trajetória.1 

Ao final, o importante é que cada mulher tenha a oportunidade de viver essa fase com plenitude e saúde, honrando a singularidade de sua própria jornada no climatério.1

Revisor Científico: Dr. Luiz Steffen – CRM: 10922-PR.

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf. Acesso em: 10 jan. 2024.
  2. BRASIL. SOGESP. Climatério ou menopausa. Saúde e bem-estar. Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo. Disponível em: <https://www.sogesp.com.br/saude-mulher/blog-da-mulher/climaterio-ou-menopausa/>. Acesso em: 10 jan. 2024.
  3. ALVES, Estela Rodrigues Paiva et al. Climatério: a intensidade dos sintomas e o desempenho sexual. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 24, p. 64-71, 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/tce/a/v3Z8VV4nQX9XbqhzqjLSJwR/?lang=pt&format=html#> Acesso em: 10 jan. 2024.

3000323 - Nov/2023

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