O que é a menopausa precoce?
19 de março de 2024
17h 47min
A menopausa é caracterizada pelo momento em que cessa a função ovariana, marcando o fim da fase reprodutiva. Oficialmente, considera-se que uma mulher entrou na menopausa quando passa 12 meses consecutivos sem menstruar. Quando esse processo ocorre antes dos 40 anos, é denominado menopausa precoce.1,2
Além de representar uma transição física, a menopausa precoce também traz consigo uma série de desafios emocionais. Compreender e enfrentar essa fase é essencial para garantir uma jornada tranquila e uma qualidade de vida plena.1
O que causa a menopausa precoce?
Cerca de 1% das mulheres desenvolvem a menopausa precoce, sendo essa manifestação associada a diversas causas.2
A menopausa precoce pode ocorrer devido a uma interrupção prematura no funcionamento dos ovários, levando à diminuição dos níveis normais de hormônios essenciais, especialmente o estrogênio.2,3
A origem da insuficiência ovariana prematura permanece desconhecida, mas em alguns casos pode estar relacionada a fatores, como anomalias cromossômicas; observado em mulheres com síndrome de Turner, ou mesmo doenças autoimunes; nas quais o sistema imunológico passa a atacar os próprios tecidos do corpo. Embora raro, certas infecções, como tuberculose, malária e caxumba, também podem contribuir para esse quadro.2,3
É importante notar que a insuficiência ovariana prematura pode ter um componente hereditário. Se algum membro da sua família enfrentou a menopausa em idade jovem, é possível haver uma predisposição genética.2,3
Além disso, tratamentos contra o câncer, como radioterapia e quimioterapia, podem desencadear a insuficiência ovariana prematura. A gravidade dessa condição, permanente ou temporária, dependerá de diversos fatores, como a idade da paciente e o tipo de tratamento administrado. Por exemplo, meninas que ainda não entraram na puberdade podem apresentar uma maior resiliência a tratamentos mais agressivos em comparação com mulheres mais velhas. Além disso, o local específico do corpo onde a radioterapia é aplicada também influenciará o risco de desenvolver uma menopausa precoce.2,3
Por fim, a remoção cirúrgica de ambos os ovários, muitas vezes realizada durante uma histerectomia (procedimento para a remoção do útero), é outra circunstância que leva à menopausa prematura.2,3
Quais os sintomas da menopausa precoce?
Os sinais dessa condição podem se manifestar de maneiras diversas. É fundamental lembrar que cada mulher pode experienciar esses sintomas de forma única, sendo importante buscar ajuda médica para um diagnóstico preciso e personalizado.3
Entre os sintomas destacam-se:
- irregularidades menstruais;
- ondas de calor (fogachos);
- secura vaginal e desconforto durante a atividade sexual;
- dificuldade em dormir;
- variações no humor;
- redução do desejo sexual (libido);
- problemas de memória e concentração.3
Além desses sintomas, é importante ressaltar que as mulheres que enfrentam a menopausa precoce enfrentam um risco aumentado de desenvolver osteoporose e doenças cardiovasculares.3
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da menopausa precoce envolve uma abordagem abrangente que combina a avaliação dos sintomas relatados pela paciente, bem como exames físicos e testes laboratoriais. Inicialmente, o médico revisa o histórico médico e familiar, considerando a idade da primeira menstruação e a presença de menopausa precoce em parentes.3
Em seguida, realiza um exame físico para identificar possíveis sinais associados à menopausa precoce. Exames de sangue são essenciais para medir os níveis hormonais, cujas variações são indicativas dessa condição. Além disso, o médico descarta a possibilidade de gravidez.
Em casos mais complexos, a consulta a um especialista em saúde reprodutiva pode ser recomendada. A decisão de iniciar tratamentos ou terapias é tomada em conjunto com o profissional de saúde, considerando as necessidades e preferências da paciente.3
Existe tratamento para menopausa precoce?
A abordagem terapêutica varia conforme a situação de cada mulher. Terapias hormonais e medicamentos específicos podem ser prescritos para aliviar os sintomas e minimizar os riscos de outras condições associadas à menopausa precoce. É essencial, no entanto, que qualquer tratamento seja sempre discutido e supervisionado por um profissional de saúde.3,4
Portanto, identificar os sinais da menopausa precoce e buscar acompanhamento médico é um passo fundamental para garantir uma transição saudável e tranquila. Além dos cuidados físicos, o apoio emocional também se faz necessário. Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada, e com o suporte adequado e informação, é possível enfrentar essa fase com confiança e serenidade, desfrutando de uma qualidade de vida plena e gratificante.3,4
Revisor Científico: Dr. Luiz Steffen – CRM: 10922-PR.